TERAPIA POR ULTRASSOM

O ultrassom terapêutico corresponde ao uso da energia ultrassônica para produção de vibrações mecânicas emitidas por um transdutor. Essas vibrações são capazes de produzir efeitos terapêuticos diversos nos tecidos orgânicos, decorrentes do movimento de agitação (efeitos mecânicos) ou do calor gerado (efeitos térmicos). A quantidade de calor gerado depende de fatores como o regime de emissão (contínuo ou pulsado), a intensidade, a frequência e a duração do tratamento.
O ultrassom pode ser usado na regeneração tissular. O processo de reparo tecidual compõe-se de três fases: inflamatória, proliferativa e remodelagem. Na fase inflamatória, atua como acelerador do processo inflamatório. Na fase proliferativa, o ultrassom proporciona uma potencialização da motilidade e proliferação dos fibroblastos. Na fase de remodelagem, ele aumenta a resistência tênsil, a reorientação e a quantidade de fibras colágenas.
O ultrassom terapêutico atua por meio de efeitos mecânicos ou térmicos e pode ser aplicado em muitas situações terapêuticas para beneficiar o paciente. Tem sido praticado extensamente desde os anos 50 para algumas condições, tais como tendinite e bursite. Atualmente, há diversas outras aplicações do ultrassom terapêutico.
Os principais efeitos térmicos do ultrassom terapêutico são:
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aumento da permeabilidade das membranas
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vasodilatação e aumento da taxa metabólica local
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liberação de histamina e agentes quimiotáticos
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analgesia
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ação tixotrópica (propriedade de "amolecer" estruturas com consistência física mais rígida)
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aumento da síntese e elasticidade do colágeno, da condução nervosa, da taxa de síntese de proteínas e das atividades dos fibroblastos
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estimulação da angiogênese
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incremento da penetração de agentes farmacológicos através da pele
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aumento das propriedades viscosas e elásticas dos tecidos conjuntivos.
No pós-operatório de mamoplastias (cirurgias plásticas das mamas), o uso do ultrassom é importante no sentido de incrementar a circulação sanguínea e linfática, ocasionando uma melhor nutrição celular e facilitando a reabsorção de hematomas e equimoses.
O uso do ultrassom acelera a fase inflamatória do processo de cicatrização tissular aumentando a adesão de leucócitos nas células endoteliais danificadas.
Quando aplicado na fase de proliferação, estimula a divisão celular e aumenta a capacidade da célula de sintetizar e secretar os componentes dos fibroblastos.
Fonte: https://www.hsmed.com.br/